Eu fiz meu próprio caminho e meu caminho me fez. Não é qualquer dinheirinho que vai tirar a lucidez”. O trecho da música “
Triunfo”, de Leandro Roque de Oliveira – mais conhecido como
Emicida (mistura de "MC" com "homicida") - traduz, perfeitamente, a maneira como o rapper paulistano está encarando esse alvoroço todo que estão fazendo a sua volta.
Após vender mais de 30 mil cópias do EP “
Emicídios” e ser escalado para o
Coachella, um dos maiores festivais de música do mundo nos Estados Unidos, a nova sensação do hip hop brasileiro não quer saber de luxo. “Se ninguém mais quiser escutar a minha música, vou “trampar” no Mc Donald’s ou vou vender hotdog, como fiz minha vida inteira. Para mim é muito mais estranho eu ter dinheiro do que não ter”.
Famoso por esculachar nas batalhas entre rappers - alguns chegam a chorar -ele passou por situações complicadas na infância. Com seu jeito calado, Emicida conta que foi vitima de bullying na escola e usou a experiência em suas músicas. “Passei por coisas pesadas. Já me jogaram no rio, me bateram. Eu era caladão, fiquei um cara agressivo. Mas, na música, isso sai. É como se fosse uma terapia”, afirma.
Leia o bate-papo com o rapper
Emicida: